[7.2.06]
[Tato]
Não gosto que desconhecidos ou pessoas com quem não tenho muita intimidade toquem em mim. Qualquer tipo de toque, intencional ou não. E estou cansada de ser chamada de estranha e anti-social por causa disso.
Existe algum problema sério com uma pessoa que não goste de aglomerados humanos? Que fique chateada quando estranhos esbarram ou se esfregam nela? Que se sente constrangida em abraçar pessoas com quem tem pouca intimidade? Pois essa sou eu. Tenho vergonha de chegar em uma festa e cumprimentar todos com os famigerados "dois beijinhos". Se pego um ônibus lotado, faço o possível para não roçar em ninguém enquanto passo. Demoro um tempo considerável para achar natural abraçar um novo amigo. O inferno, para mim, deve ser formado por uma multidão que se movimenta incessantemente, sempre encostando uns nos outros enquanto passam.
Tenho uma teoria para explicar esse meu comportamento: meu corpo é a única coisa que é realmente minha. É o único bem que eu possuo que só pode ser usufruído por mim ou por aqueles que tiverem autorização para tal. Decidir dividir esse bem com outras pessoas, através de qualquer espécie de toque - apertos de mão, abraços, cafunés -, é um sinal de confiança e de afeto. Tocar outra pessoa é permitir que ela tenha acesso aquilo que lhe é mais íntimo. É a forma mais verdadeira e especial de demonstrar carinho. Nada mais natural do que só querer tocar aqueles de quem gosto ou com quem tenho alguma espécie de empatia.
Diante desse pensamento, não consigo me considerar estranha. Mas talvez eu seja mesmo esquisita, e o maior sintoma disso seja ficar bolando teorias para justificar minha esquisitice.
Por Lady Sith às [10:20]
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