[27.6.06]

[À espera da bonança]


O quê é pior: agüentar a falsa calmaria antes da tempestade ou ser jogado de repente no olho do furacão? É melhor enfrentar aquele clima opressivo e de incerteza, tentando se preparar para algo que você não sabe quando ou como vai acontecer ou ver o mundo todo enlouquecer subitamente a sua volta e tentar fazer o melhor possível para que ele volte a fazer sentido? Seria mais cômodo continuar esperando para ver o que iria acontecer? Ou é melhor que tudo venha de uma vez e ser obrigado a agir logo?

Digamos que a tempestade que eu estava esperando há cerca de três meses acabou de chegar. E ela ter chegado não me ajudou a clarear nem um pouco minhas dúvidas. Só senti o céu desabar na minha cabeça desde ontem e, com tanta coisa para resolver, ainda não consegui parar para pensar qual seria a minha situação preferida (ter mais tempo ou enfrentar isso de uma vez?). Já que eu não tive escolha, só me resta enfrentar.

Torçam por mim. E não estranhem ou se preocupem se eu passar um tempinho sumida.


Por Lady Sith às [20:49]

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[20.6.06]

[Que bonito é]


Considerações sobre a Copa do Mundo (ué, ela tinha que aparecer aqui. Afinal, segundo nos querem fazer crer, é a única coisa acontecendo no planeta por esses dias):

Todos juntos, vamos. Pra frente, Brasil!



Por Lady Sith às [17:15]

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[12.6.06]

[Educação sentimental]


Não sei se todos os leitores desse blog sabem, mas o namorado foi meu primeiro namorado. Isso mesmo, só comecei a namorar aos 21 anos. Alguns dizem que eu devo ter sido muito exigente e acabei perdendo a minha juventude, a oportunidade de curtir, mas eu sinceramente não me arrependo. Toda a espera valeu a pena. Consegui encontrar alguém perfeito para mim, que me permitiu um namoro tranqüilo, sem brigas (juro que nós nunca discutimos seriamente nesses 15 meses de namoro), sem estresse, com muitos momentos divertidos, muita cumplicidade e bom humor, sem desconfianças e desentendimentos bobos. Um namoro da forma que eu sempre quis, mas que todo mundo me dizia ser impossível de acontecer.

Por todas as razões escritas acima, acho que, apesar da minha pouca experiência, tenho embasamento suficiente para dar alguns conselhos. Hmmm, quer dizer, conselhos, não. É uma coisa muito auto-ajuda. Vamos dizer que seriam coisas que eu observei em vários casais e durante o meu relacionamento e que podem ajudar as pessoas a ter um namoro mais tranqüilo.

1. Esqueça aquela história de que "opostos se atraem". É pura balela. Todos gostamos de pessoas que tenham idéias e gostos parecidos com os nossos. Ok, pode até ser que no início todas as diferenças pareçam interessantes e rendam bastante assunto, mas, com o tempo, um tentará mudar o jeito de ser e de pensar do outro. Nesse ponto as diferenças, que antes eram interessantes, serão motivos de brigas e nada mais.

2. Nunca comece a namorar alguém de quem você não goste de verdade. É ilusão achar que o afeto vai surgir com o tempo. Na verdade, você acaba se acostumando em ter aquela pessoa ao seu lado e começa a imaginar que gosta dela, mas não é verdade. É só costume e rotina, vai por mim. E se a outra pessoa gostar de você e não for retribuídos, aí será uma relação fadada ao fracasso. Ele vai te cobrar carinho sincero e você não poderá oferecer isso a ele. E, novamente, você só encontrará motivos para brigas. Conclusão: se vocês está pensando em namorar com qualquer um só para não ficar sozinho (a) ou só porque quer uma boca para beijar, pense novamente. Pode não valer a pena.

3. Partindo da mesma idéia acima, não insista em um relacionamento onde você não tem mais aquela vontade de ficar junto. Se a distância para você só for motivo de chateação por perder uma companhia para ir ao cinema, se você geralmente fica com aquele ar enfadado quando está com ele (a), se vocês não têm vontade de estar juntos, namorando e se curtindo, pode ter certeza que o único motivo que os faz estar juntos é o costume. Sei que é triste, mas é a realidade. Se vocês já estão assim no namoro, imagina quando casar?

4. Guarde apelidos carinhosos e momentos de intimidade só para vocês. Você pode achar lindo posar de casal apaixonado, que não consegue se desgrudar e só se trata de forma melosa, mas com o tempo seus amigos e sua família vão achar que vocês são uns chatos. Essas são coisas muito íntimas do casal e ninguém gosta de ficar presenciando a intimidade alheia – a não ser os voyeurs.

5. Nunca namore alguém em quem você não confia. Ligar de 10 em 10 minutos quando ele sai sem você para saber o que ele está fazendo não é ser cuidadosa ou preocupada com o bem estar dele. Se você é excessivamente ciumento e acha que está sendo traído, melhor avaliar se não vale a pena terminar.

6. Não pegue no pé do pobre coitado do moço (ou da moça) sem razão. Se ele nunca te deu motivos para desconfiança, não fique insistindo que ele te trai e não fique com desconfianças infundadas. O máximo que você vai conseguir com esse comportamento é fazer com que ele tenha mesmo vontade de procurar outra pessoa.

7. Quando você ficar chateado (a) com algo, experimente conversar. Não faça bico e fique sem falar, não diga que "não é nada" e fique esperando ele adivinhar o que se passa (o pobre coitado não é adivinho e nem tem bola de cristal). Afinal, você é uma pessoa madura, não uma criança birrenta.

8. Não ache que vocês dois se bastam. Não esqueça que vocês têm amigos. Pode ser maravilhoso ficar juntos o tempo todo, mas é meio cansativo. Entenda que vocês são pessoas diferentes e que não deixaram de ter sua individualidade só porque estão namorando. Então, não faça tempestade em copo d´água porque ele quer sair para beber com os amigos ou se ela marcar uma reunião com as garotas. Esses momentos separados fazem bem para vocês e para quem convive com vocês.

9. Lembre-se que divergências de opiniões não precisam ser motivos de brigas. Tente defender seu ponto de vista sem ser agressivo (a), nunca tente se impor e estar sempre certo. Discordar é natural e saudável, desde que você saiba discutir.

10. Não tente mudar só para agradar o outro. Se você não gosta de pagode, não se sente à vontade usando decotes e saias curtas e não gosta de ver filmes de terror classe B, não se force. Isso não quer dizer que você não possa ir a um pagodão de vez em quando ou assistir Cobras no Avião, mas não seja a única a concordar fazer programas que não te agradam. Você vai ficar de saco cheio.

Bom, espero não ter parecido muito chata e metida com os meu conselhos. E também espero que eles sirvam de alguma coisa. Desejo um feliz dia dos namorados para aqueles que têm um par. Para os que não têm, não se desesperem. Afinal, como diz o ditado, "antes só do que mal acompanhado".

Ah, já ia esquecendo. Rafa, feliz dia dos namorados. ;)


Por Lady Sith às [15:12]

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[9.6.06]

[Contigo aprendi]


Quatro anos e meio. Não vou dizer que "parece que foi ontem" porque seria uma grande mentira. Demorou uma eternidade. Foram muitas preocupções, estresses, crises, trabalhos feitos em cima da hora. Todos eles seguidos por momentos de descontração e alívio, conversas pelos corredores e partidas de dominó e totó. Perdi algumas preciosas horas agüentando matérias dispensáveis e professores ruins e lamento não ter aproveitado mais as aulas daqueles que eram bons. Colecionei desafetos, fiz amigos e ganhei um namorado (quer dizer, namorado se ganha?). Durante quatro anos e meio, boa parte da minha vida aconteceu dentro daquelas paredes azuis que limitavam o universo da faculdade. E agora acabou. Assim, sem mais nem menos. Simplesmente chegou o dia em que eu não teria mais que ir pra lá.

Não poderia haver momento melhor para fazer um balanço desses anos. Minha faculdade se propôs a me ensinar tudo o que eu precisava saber para me otrnar uma administradora competente, mas, por tabela, acabou me ensinando muito sobre a vida e as pessoas. Quer dizer, algumas coisas eu já sabia, mas a confirmação delas me fez perder um pouco da minha inocência utópica de quem acha que pode mudar o mundo. Mas nem tudo foram coisas ruins e decepções. Vamos fazer uma listinha:
  • Aprendi que esforço, talento e conhecimento não são pré-requisitos para se dar bem em algo. Bajular os poderosos e conhecer as pessoas certas pode ser muito mais efetivo (mas eu prefiro ser esforçada e tentar conseguir o que quero por mérito).
  • Tive a grande bênção de, pela primeira vez na minha vida, não ser a "filha da diretora". Acho que alguém que nunca foi "filho do diretor" não pode saber o bem que isso me fez. Finalmente pude falar palavrão, arrumar brigas, falar besteiras, gazear aulas. Enfim, pude ser eu mesma e não o modelo de perfeição que uma "filha de diretora" teria que ser.
  • Pude ver como as pessoas conseguem ser falsas. Sei que falsidade é uma coisa "normal", que algumas pessoas só se aproximam quando você tem algo que as interesse, mas na faculdade isso atingia níveis inacreditáveis. Um livro indicado pelo professor e difícil de ser pego na biblioteca era motivo para que alguém que nunca tinha olhado na sua cara virasse seu amigo de infância, conversando com você, chamando para ir na cantina, oferecendo carona. Tudo isso para, no dia seguinte, voltar a não olhar para a sua cara e a não responder nem a um "oi". Afinal, ele já tinha conseguido a xerox.
  • Percebi como as pessoas podem ser mesquinhas e fazer coisas para prejudicar os outros. Um trabalho passado em um dia que muitas pessoas faltaram, provas antigas daquela cadeira difícil, uma dica passada para poucos alunos, todas essas coisas que colegas deveriam compartilhar para ajudar uns aos outros eram escondidas. Isso até dentro de grupos que se diziam unidos e formados por grandes amigos.
  • Tive a oportunidade de passar dois meses em Portugal fazendo um estágio. Com tudo pago! Dois meses sendo dona do meu nariz, conhecendo pessoas diferentes, cidades interessantes, inventando viagens de última hora que tinham tudo para dar errado, mas acabaram dando certo. Foi uma experiência única (sei que é clichê, mas é verdade) e isso nunca teria acontecido se não fosse pela faculdade.
  • Aprendi que a hipocrisia não tem limites. E que professores que reclamam de desinteresse, atrasos e faltas são justamente aqueles que mais faltam, se atrasam e que menos têm interesse em ensinar algo (além da hipocrisia, lógico). E que colegas que querem unir a turma são aqueles que mais contribuem para separá-la.
  • Percebi que tenho que me dar o devido valor. Se eu não me considerar boa e capacitada o bastante, ninguém mais vai achar.
  • Vi que amizades verdadeiras podem surgir do nada e entre pessoas completamente diferentes. No começo, tudo o que tínhamos em comum era sentar no canto da sala, mais especificamente na fila perto da janela. Com o tempo, fomos descobrindo afinidades e passando mais tempo juntos e nos unindo até formarmos um grupo de amigos. Ana Helena, André, Bruna, Camila, Domingos, Gilberto, Iara, Jamir, Luiz, os dois Rafaéis, Thiago, Victor, Wagner, muito obrigada a todos vocês que em algum momento e que por maior ou menor tempo formaram a Turma da Janela. Vocês fizeram a eternidade passar muito mais rápido. A gente se encontra nas janelas por aí.



Por Lady Sith às [14:19]

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