[11.1.06]

[24 horas no ar]


A Rede Globo arruinou as minhas férias de janeiro. Nem o fato de ter de trabalhar durante o recesso da faculdade foi capaz de fazer a mesma coisa. Por causa da toda poderosa, inicio o semestre letivo mais exausta do que quando terminei, passo o início do ano sempre cansada e dormindo em cada lugar que me encosto para compensar as horas passadas em claro acompanhando a rotina daquele grupo de pessoas... Ei, peraí, vocês não estão achando que eu estou falando do Big Brother, né? Caso tenham pensado nisso, sinto muito decepcioná-los, mas a razão do meu martírio é outro. Trata-se de um outro programa, também altamente viciante, mas de qualidade infinitamente superior: 24 Horas.

Aconteceu em 2003. Jack Bauer invadiu a minha vida arrombando a porta com uma arma em punho. Resolvi assistir ao primeiro episódio só por curiosidade, para ver do que se tratava. Pronto, foi o necessário para me tornar um telespectadora cativa. Desde então, lá estava eu todo dia batendo cartão até às 2:00 da madrugada, tendo que acordar às 6:00 no dia seguinte, (por que a Globo só passa os programas bons em horários totalmente inconvenientes?), planejando meus dias para encontrar brechas para cochilar e agüentar o tranco à noite e reaprendendo a programar o videocassete para poder continuar tendo vida social (por que os amigos só inventam de sair em horas totalmente inconvenientes? Tipo, justamente quando está passando 24 Horas?).

Para quem não conhece o seriado, vai um resumo básico. A ação se passa em tempo real, ou seja, cada minuto do programa equivale ao mesmo tempo do dia de seus personagens. O herói é Jack Bauer, um agente da Unidade Contra Terrorismo. Jack é o típico herói de ação: tem problemas com a família (na primeira temporada, havia acabado de se reconciliar com a esposa e não conseguia ter diálogo com a filha), desrespeita todas as regras e poderia enfrentar sozinho todo o exército americano que ocupa o Iraque. Com uma mão amarrada nas costas. Ele e a equipe da UCT têm que evitar atentados altamente elaborados, envolvendo terroristas impiedosos que (adivinhem) desejam acabar com o modo de vida norte-americano. Os personagens e as histórias vão sendo apresentados aos poucos, sempre dando a entender que existe uma conexão entre eles, mas sem deixar nada muito claro (o que o seqüestro da filha do Jack tem a ver com o atentado a um candidato à presidência?). Lá pelo décimo episódio, a conspiração parece ter sido solucionada, mas é aí que nós descobrimos que os terroristas tinham palnos muito maiores e que agora fedeu de vez. Acho que está aí a chave do mistério viciante de 24 Horas. A ação é initerrupta, todo episódio acaba com um gancho para o próximo, o enredo é intrigante e tem mais reviravoltas do que estômago em montanha-russa.

Mas o grande mistério que cerca esse seriado não é só a sua capacidade de arrebanhar espectadores. Depois de três temporadas (e no meio da quarta), eu me pergunto como Jack Bauer conseguiu passar por dias extremamente estressantes sem ter um ataque cardíaco ou um colapso nervoso. O homem já teve sua família seqüestrada, a mulher morta, todas as suas namoradas se tornam automaticamente alvos dos vilões, já teve que matar o próprio chefe e cortar o braço do namorado da filha com um machado, já foi viciado em drogas e trabalha em um lugar onde ninguém é totalmente confiável. Tudo isso tendo que passar 24 horas sem dormir, comer ou tomar um bom banho. Se eu passar uma noite em claro em algum show (ou porque estava acompanhando as aventuras do Jack), no dia seguinte estou imprestável, não tenho energia para mais nada. Já ele passa por tudo isso e está sempre pronto para outra. Como é que ele consegue?

Jack, conta aí qual é o segredo para agüentar o tranco



Por Lady Sith às [08:40]

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