[29.3.06]
[Biloxi Rosembrick]
Em um dos textos anteriores, eu disse que chamaria meu filho de Biloxi quando quisesse zoar da cara do moleque. Sei que, para alguns dos meus leitores, esse nome é tão misterioso quanto o “Rosebud” dito no filme Cidadão Kane. Para que não reste mais nenhuma dúvida, escrevo esse texto para esclarecer que Biloxi, aliás, Biloxi Rosembrick, é apenas o nome que darei ao meu futuro filho.
Vocês devem estar pensando agora: “que absurdo! Como você teria coragem de dar um nome desses para o seu filho!?”. Acalmem-se, pois isso não passa de uma brincadeira. Eu não gosto de nomes duplos – como Carlos Daniel – e muito menos esdrúxulos, como Clerverson, mas sempre gostei de brincar dizendo “vou colocar esse nome no meu filho” cada vez que descobria um nome estranho (ok, reconheço que meu senso de humor é bobo). Aliás, um dos motivos que me levam a fazer essa piada é justamente o tipo de reação que provoca nas pessoas. É engraçado ver a cara de espanto dos outros e ser chamada de louca, maníaca, detentora de péssimo gosto, sádica, doente e outros adjetivos tão bonitos e agradáveis. E é também incrível notar como são poucas as pessoas que conseguem distinguir uma afirmação séria de uma brincadeira. Para aqueles que acham que tenho mal gosto e que apenas uma mente doentia e sacana seria capaz de bolar um nome desses, esclareço: essas duas graças existem de verdade.
Biloxi é o nome de uma cidade dos Estados Unidos. Descobri que ela existia ano passado, durante as notícias sobre o furacão Katrina. Eu estava lá assistindo despreocupadamente aos noticiários televisivos quando ouvi essa palavra de seis letras. Automaticamente, virou o novo nome do meu filho. Ainda mais quando eu descobri como ela era escrita. Uma graça! Já Rosembrick é o nome de um jogador do Santa Cruz. Também descobri por acaso, enquanto assistia à transmissão de uma das partidas da Série B no ano passado. O namorado que chamou minha atenção para ele, dizendo que seria um nome perfeito para uma argamassa. No entanto, eu achei que cairia como uma luva no meu filho. O namorado disse que eu tinha que decidir se seria Biloxi ou Rosembrick. Mas para quê decidir entre duas coisas que juntas caem tão bem? Eis que surgiu Biloxi Rosembrick.
Desde então, Biloxi virou uma verdadeira entidade. Falo dele como se existisse de verdade. Quando vejo uma criança bonitinha já digo “olha um Biloxi”. Quando alguém discute sobre educação de crianças, eu tenho que soltar um “Biloxi só verá desenhos legais, como O Laboratório de Dexter” ou “se Biloxi gostar de axé, coloco o pirralho no psicólogo”. Já elaborei várias coisas sobre Biloxi: ele não será daquelas crianças chatas que se jogam no chão de mercados e shoppings quando querem algo, aprenderá a nadar e a andar de bicicleta, será sempre levado à praia, mas só em horários seguros, e se esbaldará nas piscinas naturais. Biloxi será apresentado desde pequeno a bons filmes, músicas e livros, se vestirá como criança, e não como um mini-adulto e será engraçado, esperto, inteligente, educado e sem frescura (ao contrário da mãe). Ah, também decidi que não o chamarei de Biloxi. A não ser quando eu quiser zoar da cara do moleque.

Quem é o Biloxi fofo da mamãe?
Por Lady Sith às [08:35]
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