[28.11.05]
[Minha caixinha de lembranças]
Eu tenho uma caixinha de lembranças, tal qual a encontrada pela Amélie Poulain. Ok, não é tão pequena e nem é feita de madeira, mas também guarda alguns objetos que podem parecer estranhos para quem olha de fora. Afinal, o que têm em comum uns adesivos meio bregas, cartas escritas em papéis amassados com a letra garranchada, recortes em forma de coração e uma palheta de violão bastante vagabunda? Eu respondo: são todos lembranças de pessoas ou momentos que marcaram a minha vida. Esse texto é dedicado a alguns dos itens mais interessantes que habtam a minha caixinha de lembranças e porquê eles mereceram esse lugar:
Agenda telefônica do Mickey: Renata foi uma das minhas grandes amigas. Nós estudamos juntas ainda muito pequenas, lá pelos idos da década de 1990. Quando ela se mudou, passamos a trocar cartas. Em 1997, pude visitá-la em Salvador e ela me deu esse presente (veio com dedicatória e tudo!). Ironicamente, nunca mais nos falamos. Isso até semana passada quando ela ligou aqui para casa me dando um dos maiores (e felizes) sustos da minha vida. Podemos ter passado esse tempo todo sem ter notícias uma da outra, mas o sentimento continuou (e continuará sempre). Assim como a agenda do Mickey.
Palheta azul: Essa é uma recordação do melhor ano da minha época de colégio: o meu 2° ano, em 2000. Definitivamente foi um dos períodos em que menos estudei (que o diga meu livro de Química), mas foi quando conheci novos amigos e quando minha turma ("o povo") era mais unida. Esse pequeno pedaço de plástico me faz lembrar daquelas tardes que nós passávamos no colégio, após as aulas, cantando em rodas de violão e jogando conversa fora. Além de ser uma lembrança dos meus sobrinhos (por adoção, não de verdade).
Recortes em forma de pato e coração: Lembranças de outra grande amiga (esta ainda vive comigo, ainda bem). Natasha estava sempre fazendo alguma coisa durante uma aula chata: podiam ser esses recortes, flores feitas de canudo ou desenhos. E ela sempre me dava com aquele jeito de "toma, sei que você vai jogar fora mesmo". Pois é, acho que ela não sabe que eles estão aqui guardados (juntos de todos os outros cartões, cartas, desenhos e trabalhos manuais).
Ingressos de jogos de futebol: São dois, um de um dia feliz e outro de um momento triste. O do dia 10/09/2005 marca a primeira vez em que pisei em um estádio de futebol. Vem acompanhado de um apito, onde eu aprendi o "quer dançar, quer dançar, o timbu vai te ensinar". O outro é deste último sábado. O resultado do jogo não é nem o principal motivo de este ser considerado um dia triste. A pior lembrança foi ter visto a decepção estampada no rosto de um menino que eu gosto tanto ;).
Muitos outros objetos (e as respectivas recordações associadas a eles) habitam minha caixinha. Não falo de todos porque não quero ocupar muito do tempo dos meus poucos leitores. Mas nem em milhões de linhas mal redigidas eu conseguiria mostrar porque eles são tão importantes.
Por Lady Sith às [17:11]
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