[12.11.05]

[Morfina na veia]


Todo nerd que se preza tem que ter uma banda de estimação. A banda de estimação é aquela que você descobriu por acaso, cujo som é classificado como "rock alternativo" ou uma suruba de ritmos do tipo "samba-funk-eletro-bossa nova", que poucas pessoas conhecem (e os que já ouviram falar nela geralmente também são nerds) e quase ninguém gosta ao ouvir pela primeira vez (às vezes continua sem gostar ao ouvir pela segunda, terceira...). Como nerd orgulhosa que sou, também tenho minha banda de estimação e ela se chama Morphine.

Conheci o Morphine por acaso (vejam só que surpreendente) em uma ShowBizz. Havia uma votação dos críticos para eleger os melhores do ano 2000 e lá, em meio às letrinhas pequenas dos preferidos de um crítico estava escrito "melhor música: The Night - Morphine". Gostei do nome da banda, resolvi baixar a música para ver do que se tratava. Ela já começava com um sax, um som forte de baixo e sem guitarra (onde já se viu banda de rock alternativo sem guitarra?). De repente entra aquela voz sussurrada e incrível cantando "you´re the night, Lilah". Adorei. Fiquei com inveja da tal da Lilah que ganhou uma música tão bonita (eita mulher sortuda!). E resolvi baixar outra (Like a Mirror). Gostei mais ainda. Aí resolvi sair de casa e ir logo comprar o disco. Isso mesmo, comprei o disco conhecendo só duas músicas. Começou assim, hoje já tenho a minha pequena coleção de cd´s do Morphine.

Outra coisa que todo grupo de nerd tem é uma história curiosa sobre o seu começo e/ou fim - o fim deve conter algum dos seguintes elementos básicos: brigas homéricas, envolvimento com drogas, morte de integrante(s). O Morphine começou normalmente em 1990 e sendo muito tocado nas rádios universitárias americanas. E acabou (infelizmente) em 1999 com a morte (não disse que era elemento básico?) do seu líder, Mark Sandman. O Mark teve um ataque cardíaco no palco, durante um show em Roma.

Mas eu não gosto do Morphine por causa da história ou porque isso me faz ser mais nerd. É por causa da música mesmo, do ritmo, do sax, da voz e das letras do Mark Sandman. Fico pensando como alguém pode escrever algo tão bem sacado como "algum dia haverá a cura para dor. Esse será o dia em que jogarei minhas drogas fora" (Cure for Pain). Ou tão premonitório como "deixe seu mundo e venha para mim. Estou mais próximo de você do que pareço estar" (Like a Mirror, música do último cd). Ou tão foda-se como "essa cidade nunca te deu nada em troca, apenas boatos e ataques sussurados. Essa cidade não é sua amiga, não se importe com as coisas que deixa para trás" (Take me With You). Ou tão beleza não é fundamental como "sua inteligência é sexy" (You Look Like Rain). Ou tão doce como "Candy me perguntou se eu conseguiria viver depois que ela morresse. Claro que eu disse que não conseguiria, mas é claro que sabíamos que não era verdade. Mas Candy, eu disse Candy, você não pode fazer isso comigo. Porque você me ama demais para um dia me deixar" (Candy). Mark Sandman era ótimo. Morphine era ótimo. E essa Candy era uma sortuda!

Pense numa droga boa!



Por Lady Sith às [12:45]

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