[25.2.06]
[É carnaval!]
Finalmente chegou o dia da maior festa popular brasileira. O carnaval, como quase tudo na vida, é controverso. Há aqueles que adoram, passam o ano bolando a fantasia e compram o abadá ou o camarote já no ano anterior. E há aqueles que detestam, que não podem ouvir um batuque e não suportam assistir aos telejornais nesta época porque o único assunto abordado é o carnaval.
Bom, estou aqui só para desejar um ótimo carnaval para os que vão cair na folia e para aqueles que vão aproveitar o feriado para descansar, ir ao cinema ou curtir uma programação caseira. E também vim avisar que ficarei distante por uns 10 dias. Tenho um compromisso que me obriga a viajar para outro estado, mas antes eu vou brincar de ser feliz um pouquinho. :)
Trilha sonora de quem esperava ansiosamente o reinado de Momo:
Voltei, Recife - Alceu Valença
Voltei, Recife
Foi a saudade
Que me trouxe pelo braço
Quero ver novamente Vassoura
Na rua abafando
Tomar umas e outras
E cair no passo
Cadê Toureiros?
Cadê Bola de Ouro?
As Pás, Os Lenhadores
O Bloco Batutas de São José?
Quero sentir
A embriaguês do frevo
Que entra na cabeça
Depois toma o corpo
E acaba no pé
Minha trilha sonora:
Escravo da Alegria – Toquinho
E eu que andava nessa escuridão
De repente foi me acontecer
Me roubou o sonho e a solidão
Me mostrou o que eu temia ver
Sem pedir licença nem perdão
Veio louca pra me enlouquecer
Vou dormir querendo despertar,
Pra depois de novo conviver
Com essa luz que veio me habitar
Com esse fogo que me faz arder
Me dá medo e vem me encorajar
Fatalmente me fará sofrer
Ando escravo da alegria
Hoje em dia, minha gente,
Isso não é normal
Se o amor é fantasia,
Eu me encontro ultimamente
Em pleno carnaval
[24.2.06]
[Mania ê, mania a, mania]
Bom, a regra pede para indicar pelo menos cinco pessoas para participar da brincadeira. Eu escrevi porque achei divertido. É interessante conhecer coisas tão particulares sobre as pessoas cujos textos nós lemos todo dia. Como está correndo uma polêmica entre os bloguistas, que reclamam que isso é uma corrente e blá, blá, blá, prefiro não indicar ninguém. Deixo aqui um convite aberto para quem quiser participar. Basta lembrar de colar o regulamento no seu blog.
[20.2.06]
[Eu ia]
1998. Foi a última vez em que o U2 veio ao Brasil para fazer grandes shows abertos ao público. Eu tinha 15 anos e estava na 8ª série. Traduzindo, era uma estudante lisa que não poderia pagar passagem para o Rio mais ingresso do show. E meus pais me achavam muito nova para ir sozinha, portanto também não iriam pagar. Não tinha mais nada a fazer, a não ser me conformar com a situação. Lembro se ter escutado o show ao vivo pela Transamérica e de ter gravado em uma fita cassete, que eu ouvi milhares de vezes, e de ter visto todas as entrevistas e matérias sobre o show. Lembro também de ter invejado aquela sortuda que ouviu With or Without You com o Bono deitado em seu colo e de ter comprado todas as revistas que falassem sobre o evento. E lembro de ter prometido a mim mesma que eu estaria no próximo show que eles fizessem aqui, nem que tivesse que ir montada no lombo de um jegue.
2005. Os últimos meses do ano trouxeram uma ótima notícia: o U2 vem ao Brasil em 2006. Na época, falava-se em dois shows em São Paulo e um no Rio de Janeiro, mas nada estava confirmado. O site oficial da banda não dizia nada, a empresa promotora do evento também não dizia que sim nem que não e os fãs terminaram o ano na incerteza, mas com uma grande esperança.
2006. Depois de muito fiofó doce por parte da organização, em janeiro finalmente alguém resolveu se pronunciar. O U2 faria apenas um show em São Paulo e um possível segundo show estava em negociações. Os ingressos (o mais barato custando R$ 200,00) seriam vendidos por um site e em 12 lojas do Pão de Açúcar. Foi aí que eu percebi que o negócio não iria dar certo. Que tipo de show tem ingressos vendidos em um supermercado? Desde quando um estabelecimento desses tem a estrutura necessária para receber uma enorme quantidade de fãs dispostos a acampar com dias de antecedência para garantir seu lugar na fila? Cortesia do inteligentíssimo empresário Alexandre Accioly. Mas eu fiz minha parte de fã: comecei a procurar passagens, a economizar dinheiro, a procurar um lugar para ficar em São Paulo. No dia em que os ingressos começaram a ser vendidos, eu tentava acessar o site desde às 7:30 da manhã. Esforço inútil já que ele passou o dia inteiro fora do ar porque não suportava mais de dois mil acessos simultâneos (!!!).
O que aconteceu nesse dia não foi segredo para ninguém. Confusão, bagunça, desorganização. Pessoas que ocupavam um ótimo lugar na fila, mas que saíram de mãos abanando. Idosos e grávidas se vendendo por R$ 500,00 para comprar 10 ingressos no atendimento preferencial. Gente alugando crianças para quem não queria enfrentar filas. Eu sei que é a lei, mas sabe de uma coisa? Os idosos, grávidas e "pais" de crianças deveriam esperar igual aos outros. Se agüentariam mais de duas horas em um estádio lotado, deveriam suportar a espera na fila também. Mas é claro que eles não iriam para o show. Estavam apenas faturando na cara dura, se vendendo para entregar os tão cobiçados ingressos para os cambistas.
Eis que surge uma boa notícia: haveria um segundo show. Seguida por uma péssima: os ingressos seriam vendidos por telefone (!!!). Outra maravilhosa idéia do esperto Alexandre Accioly. Depois de algumas tentativas e telefones ocupados, eu desisti. Não ia dar mesmo. Já que eu não conseguiria compra ingresso pelo meio normal, me recuso a pagar o dobro ou o triplo nas mãos de um cambista. O que restou dessa história toda foi raiva dessa organização amadora e frustração. Por isso resolvi dar uma de autista e ignorar completamente a passagem do U2 pelo Brasil. Não quero saber quando chegaram, para onde foram, não quero ver as entrevistas e nem vou assistir ao show. Podem me chamar de infantil, mas eu não quero nem saber. Para mim, o U2 nunca esteve aqui em 2006.
Mas faço novamente uma promessa: da próxima vez eu vou, nem que seja montada no lombo de um jegue.
Da próxima vez eu vou, a não ser que o Alexandre Accioly me impeça de novo
[17.2.06]
[Faltam oito dias...]
[15.2.06]
[Dia Branco]
[13.2.06]
[Minutos de sabedoria]
Todos nós já cometemos gafes verbais, ou os populares micos. Eu adoro colecionar micos verbais (alheios, que fique bem claro). Os mais engraçados são aquelas pérolas que alguém solta quando está desatento, aquela frase que, na sua cabeça, fazia muito sentido, mas que você só percebeu que tinha alguma coisa errada depois de ter dito. E o pior é que geralmente você solta uma dessas na frente daqueles amigos que não perdem a piada e será eternamente lembrado (e zoado) por causa da danada da frase. É chato, mas poderia ser pior: você poderia ter falado uma besteira na frente das câmeras de televisão, como fez o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
Quando estudantes jogaram uma galinha preta na prefeita Marta Suplicy, ele, indignado, soltou a seguinte frase "jogar uma galinha na prefeita é a mesma coisa de tacar um veado em um homem que estivesse discursando". Absolutamente genial! Além de ter se encarregado de chamar a prefeita de oferecida (acredito que a intenção dos estudantes ao jogar a galinha preta era comparar a Marta com um encosto, do qual eles poderiam se livrar com uma macumba, e não chamá-la de galinha), ele nem percebeu a impossibilidade física de se jogar um veado em quem quer que fosse. O Márcio Thomaz Bastos pode ser apontado como um dos melhores ministros do Governo, pode ser um grande advogado, mas, para mim ele será sempre o homem que fez a comparação do veado.
Da mesma forma, alguns amigos meus ficarão eternamente marcados pelos micos verbais que vocês podem ver abaixo:
Nossa, tive um Djavan
[7.2.06]
[Tato]
[Mapas]
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